Friedrich Hayek nasceu na cidade de Viena em 1899, sendo descendente da nobreza austr�aca. Na inf�ncia e adolesc�ncia, manifestou diversos interesses, como bot�nica, fotografia e teatro, al�m de esquiar, velejar e escalar.
At� a Primeira Guerra Mundial � ocasi�o em que foi obrigado a lutar por um ano no front italiano pelo ex�rcito austr�aco � o jovem Hayek pensava em se tornar psiquiatra. Por�m, os eventos deste per�odo, assim como a Revolu��o Russa, o influenciaram a mudar seus planos, encantado pela �nova ordem� e pelo socialismo.
Hayek admitiu anos mais tarde que a tentativa de resolver os males sociais aplicando o planejamento governamental e controle da economia o fascinou. Contudo, ele sempre abominou as violentas revolu��es defendidas pelos marxistas.
Assim, o austr�aco preferiu o socialismo fabiano que, em contraposi��o, propunha interven��es graduais e pac�ficas.
Aos 23 anos ele j� era doutor em Direito e Economia Pol�tica pela Universidade de Viena, � �poca entre as tr�s melhores do mundo. Mas foi em 1922 que, ao ler a obra �Socialismo� � uma cr�tica devastadora ao planejamento central �, ele decidiu assistir aos semin�rios des Ludwig von Mises. Na �poca, este era o centro do debate econ�mico em Viena.
Logo, o professor passou a exercer profunda influ�ncia sobre a obra de Friedrich Hayek. O jovem acad�mico agora concordava com as conclus�es de Mises de que o livre mercado era superior �s interfer�ncias governamentais.
Inclusive, Hayek trabalhou no aperfei�oamento dos argumentos de seu mentor.
As ideias de Friedrich Hayek
Com o apoio de Mises, ele fundou o Instituto Austr�aco de Pesquisa de Ciclos Econ�micos, tornando-se posteriormente professor da Universidade de Viena. Em 1929, publicou �Teoria Monet�ria e os Ciclos do Com�rcio�, obra em que expandiu a premissa de que os pre�os e servi�os, incluindo as taxas de juros, s�o vitais aos empreendimentos dos consumidores e produtores.
A ideia central de Friedrich Hayek era a de que os pre�os continham sinais de informa��o, promovendo ajustes harmoniosos e espont�neos dentro de uma sociedade de mercado. Por outro lado, a interven��o do estado na economia poderia causar falhas, levando, eventualmente, a investimentos ruins. Em �ltima an�lise, isto resultaria em recess�es econ�micas e desemprego.
Em outras palavras, para o austr�aco os pre�os transmitem conhecimento a fim de que a economia funcione adequadamente, mas isso poderia ser distorcido por a��es governamentais.
Dessa forma, desde sua primeira obra, o jovem Hayek entrou em rota de colis�o com as duas tend�ncias dominantes do pensamento econ�mico presente na primeira metade do s�culo XX: o socialismo e o keynesianismo.
A impossibilidade do socialismo
Hayek participou do debate acad�mico sobre o c�lculo econ�mico do socialismo, incrementando o argumento inicial de Mises, segundo o qual o socialismo era tecnicamente imposs�vel. Afinal, sem o ajuste de pre�os baseado na propriedade privada n�o haveria sinais para os planejadores socialistas calcularem o valor relativo de bens e servi�os.
Al�m disso, tampouco existiriam informa��es para decidirem quais m�todos de produ��o eram mais eficientes.
O conhecimento econ�mico, para Hayek, estava disperso entre todos os indiv�duos, o que ftornava o planejamento central desejado pelos socialistas imposs�vel de ser realizado com a mesma efici�ncia da iniciativa privada. Com um alerta: uma vez posto em pr�tica, os resultados seriam catastr�ficos.
Dessa forma, Hayek argumentou que as interven��es centralmente planejadas eram n�o apenas arbitr�rias, como tamb�m poderiam ser destrutivas para a prosperidade econ�mica e social. Mais de 100 milh�es de mortes sob o comunismo n�o o deixariam mentir.
O primeiro embate entre Friedrich Hayek e Keynes
No in�cio da d�cada de 1930, Friedrich Hayek foi convidado a ministrar palestras em Londres para expor sua vis�o da Grande Depress�o Americana.
Sua palestra, fundamentada na ideia de que a origem da crise se devia a interfer�ncias do estado no mercado, foi considerada certeira e completa, arrebatando a plateia. Assim, foi convidado para lecionar na London School of Economics, onde ficou famoso por sua pesquisa sobre Ciclos de Neg�cios (booms e busts).
A partir da�, Hayek se envolveu num debate p�blico com John Maynard Keynes, com quem disputa o t�tulo de economista mais importante do s�culo XX.
O economista ingl�s era contr�rio � nacionaliza��o de toda a economia apregoada pelos socialistas, mas considerava papel do governo estimular o crescimento. Ele argumentava que a �nica forma para superar um quadro de alto desemprego e de baixo consumo era a partir de uma interven��o governamental de larga escala e com gastos p�blicos.
Hayek contra-argumentava dizendo que tais medidas resultariam em infla��o e que os ajustes do mercado � como se referia � recess�o e ao desemprego � eram uma parte inevit�vel do ciclo de neg�cios, quando empreendedores realizavam investimentos ruins.
Mais: Hayek sustentava que a origem de toda a crise provocada pela Grande Depress�o teria se dado a partir de interven��es anteriores do governo americano, que estimulou investimentos ruins do mercado. Ele concluiu que os pre�os deveriam flutuar sem interfer�ncia.
Al�m disso, o austr�aco afirmava que as distor��es nos pre�os gerada pelas interven��es sugeridas por Keynes resultariam em bens errados sendo produzidos em quantidades erradas e no tempo errado.
Hayek sugeria deixar o sistema recuperar-se naturalmente, dizendo que as interven��es artificiais defendidas por Keynes apenas adiavam e agravavam uma corre��o necess�ria. Por mais paradoxal que parecesse, a melhor solu��o para lidar com uma crise gerada pelo governo, segundo ele, seria �n�o fazer nada�.
Hayek contra A Teoria Geral do Emprego
As discord�ncias entre ambos tamb�m se davam por meio do m�todo: Keynes utilizava indicadores agregados macroecon�micos, como o percentual de desemprego e o PIB. Para Hayek, contudo, esses dados escondiam informa��es econ�micas importantes, individualizadas e dispersas. Por conseguinte, a an�lise deveria se concentrar em transa��es individuais.
Em 1936, contudo, a obra de Keynes �Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda� representou um ataque � economia liberal cl�ssica. Hayek n�o se disp�s a atacar publicamente a obra por considerar que as ideias de Keynes n�o teriam sucesso � o que se mostrou um grande erro. O austr�aco tamb�m levou em conta o fato de Keynes frequentemente mudar de ideia ap�s ser rebatido por ele.
Nesse sentido, a opini�o p�blica passou a pender para o controle governamental sobre a vida econ�mica, e contra as ideias de Hayek. O presidente americano Franklin Roosevelt aderiu �s ideias de Keynes.
Inclusive, alastrando os limites constitucionais dos Estados Unidos em rela��o � participa��o do governo na atividade econ�mica. N�o � toa, o fim dos anos 1930 e in�cio dos anos 1940 foram dif�ceis para Hayek.
A dispers�o do conhecimento
Ainda na LSE, Hayek desenvolveu melhor sua Teoria da Ordem Espont�nea, na qual ele argumentava que os pre�os transmitiam sinais de informa��o necess�rios para o funcionamento da sociedade em geral. Hayek afirmava, de forma contraintuitiva, que poderia haver ordem em uma sociedade, mesmo que n�o houvesse ningu�m ordenando. Ademais, sociedades n�o poderiam ser organizadas adequadamente sem os sinais que prov�m de um sistema de empreendedorismo sustentado livremente por pre�os e lucros.
A divis�o do trabalho pensada inicialmente por Adam Smith tornou-se, na vis�o dele, a �divis�o do conhecimento�. O mercado, portanto, seria um meio para que as pessoas pudessem se beneficiar, empregando livremente suas ideias e conhecimentos em seus prop�sitos de vida. Para Hayek, ao fazerem essas a��es, elas estava, por interm�dio de suas a��es, compartilhando �conhecimento�.
Consequentemente, um planejador central n�o poderia reunir todo o conhecimento da sociedade para criar a mesma ordem e prosperidade que ocorre espontaneamente em um livre mercado. Se pudesse, isso impediria qualquer tipo de inova��o.
A origem de seu interesse pela filosofia pol�tica
Em meio a um entusiasmo crescente pela interven��o do governo e pelo planejamento central no contexto da Segunda Guerra Mundial, Hayek mudou seu foco de interesse. Ele notou que o debate entre a economia planejada e o livre mercado n�o era uma quest�o meramente econ�mica, mas um ponto fundamental de liberdade pol�tica.
Friedrich Hayek percebeu que planejar a economia significava, na pr�tica, controlar a vida das pessoas. Dessa forma, permitir que autoridades governamentais interferissem na vida econ�mica fixaria as bases para a ascens�o do totalitarismo. Portanto, defender um papel ativo do Estado na economia era �ajudar a chocar o ovo da serpente�.
At� aquele momento, ele era considerado um economista t�cnico, atuante nos debates acad�micos da �poca. Mas, a partir dos anos 1940, passou a se deslocar para a filosofia pol�tica.
O resultado foi sua obra mais famosa, �O Caminho da Servid�o�. O austr�aco estava frustrado com os muitos analistas do per�odo que demonstravam entusiasmo pelo nazismo e fascismo. Eles acreditavam que tanto o nazismo quanto o facismo eram rea��es capitalistas � experi�ncia socialista � quando se tratava justamente do contr�rio.
O Caminho da Servid�o
Declaradamente contr�rio aos nazistas, o best-seller acusou o Nacional-socialismo de cometer os mesmos erros que o socialismo-marxista. Assim, o livro foi um aviso de que o resultado da experi�ncia seria a nega��o da liberdade e a desumaniza��o dos que n�o se encaixavam na sociedade idealizada pelos burocratas.
A despeito da preocupa��o de Hayek pelo comunismo e o papel global da Uni�o Sovi�tica, o alvo do acad�mico tamb�m foi o chamado �socialismo dom�stico�. Isso porque ele prenunciava a ascens�o de um planejamento central proeminente a partir do governo trabalhista na Inglaterra.
O austr�aco manifestou tamanho ceticismo que chegou a alertar que uma m�nima interven��o governamental poderia levar a um Estado totalit�rio. Mesmo bem intencionado, o planejamento acabaria gerando consequ�ncias indesejadas que, por sua vez, exigiriam maiores interven��es a fim de corrigir as falhas de governo.
O livro se tornou extremamente popular na Gr�-Bretanha e nos Estados Unidos, sendo concomitante �uma ben��o� e �uma maldi��o� na vida do professor. Por um lado, ele foi al�ado ao status de um proeminente intelectual de orienta��o liberal em todo o mundo.
Por�m, o apelo tamb�m veio acompanhado de desd�m por parte dos acad�micos que, � �poca, tendiam ao intervencionismo e viviam um per�odo de pleno entusiasmo pelo New Deal.
Apesar dos apelos do livro, os Trabalhistas na Inglaterra promoveram nacionaliza��es de ind�strias e estabeleceram um vasto Estado de bem estar social. Assim, o livre mercado perdia, cada vez mais, espa�o para as ideias de Keynes.
A Sociedade Mont P�lerin
Hayek defendia que a mudan�a em dire��o da liberdade deveria enfatizar sobretudo ideias, pois elas eram mais importantes que a atividade pol�tica.
Como forma de proteger as ideias favor�veis a uma sociedade de mercado, ele liderou, em 1947, a reuni�o de not�veis estudiosos para encorajar uma renova��o dos fundamentos pol�ticos, econ�micos e culturais de uma sociedade livre.
Por influ�ncia do austr�aco, Antony Fisher fundou o Instituto de Assuntos Econ�micos na Gr�-Bretanha, �a primeira usina de ideias internacionais inspiradas no professor Hayek�, dedicada � pesquisa e publica��o sobre liberdade e economia de livre mercado.
O think tank foi decisivo para influenciar o debate p�blico brit�nico e pol�ticos a ele ligados foram eleitos, apregoando ideias antes impens�veis ao eleitorado.
A Constitui��o da Liberdade
Em 1950, Friedrich Hayek vai para a Universidade de Chicago, um dos frontes acad�micos na defesa de livre mercado mais relevantes do mundo. Neste per�odo, contribuiu � psicologia e � hist�ria, al�m de ter realizado seu trabalho mais ambicioso, o �A Constitui��o da Liberdade�.
Na obra, o professor defendeu que o papel do estado era assegurar a liberdade e o progresso humano a partir do Imp�rio da Lei. Assim como, reafirmou que a atua��o do governo s� era aceit�vel quando fosse para manter o funcionamento espont�neo do mercado e para impedir agress�es de indiv�duos.
Na obra, Hayek defendia veementemente a propriedade privada e os contratos. Ele escreveu que uma sociedade livre somente seria poss�vel a partir de regras que se aplicassem a todos, inclusive ao Estado, capaz de agir contra for�as coletivistas que amea�assem solapar o primado da lei.
Para ele, a Lei � baseada em precedentes. Ou seja, comp�e um sistema de tentativas e erros, no qual os princ�pios sociais mais eficazes s�o passados de gera��o em gera��o.
Estes princ�pios, por sua vez, s�o consolidados e refinados ao longo do tempo pelos costumes, tradi��o e experi�ncia, dando origem � justi�a, � propriedade privada e ao contrato.
A Lei permitiria a liberdade, na medida em que criaria uma estrutura racional dentro da qual os indiv�duos podem viver sua vida. J� as regras da sociedade deveriam ser gerais. Isto �, estavam vetados comandos centralizados espec�ficos, que poderiam abrir brechas � distribui��o de privil�gios.
O austr�aco ainda argumenta que a legisla��o deveria dizer aos indiv�duos o que n�o poderiam fazer de modo a n�o causar danos a outros indiv�duos, mas jamais deveria dizer o que os indiv�duos deveriam fazer.
Por fim, Hayek entende que o governo talvez precise garantir um m�nimo de prote��es espec�ficas, como nas �reas da sa�de e do meio ambiente, mas de forma subsidi�ria e espec�fica.
Pr�mio Nobel em Ci�ncias Econ�micas
Em meados dos anos 1960, Hayek recebeu convite para lecionar em Freiburg, na Alemanha Ocidental, e voltou a desenvolver suas ideias sobre ordem espont�nea. Seu objetivo era publicar um extenso trabalho em tr�s volumes, expandindo suas preocupa��es expressas em �A Constitui��o da Liberdade�.
Mas os anos de nadar contra a mar� acad�mica e opini�o popular cobraram seu pre�o: o professor Hayek foi acometido por uma profunda depress�o, atordoado com a ideia de que toda sua vida tinha sido um enorme desperd�cio. O n�vel de abatimento era tamanho que, na maioria das vezes, nem sequer permitia que ele sa�sse de sua cama.
O inesperado Nobel em Ci�ncias Econ�micas de 1974, entretanto, significou para ele sua consagra��o profissional. Sua reputa��o foi revitalizada, assim como sua energia e sa�de, e Hayek voltou a ter um enorme rendimento intelectual.
As �ltimas obras de Friedrich Hayek
Nesse contexto, ele concluiu a obra �Direito, Legisla��o e Liberdade�. No livro, ele critica veementemente o termo �Justi�a Social�. Para Hayek, a justi�a verdadeira seria a igualdade genu�na dos indiv�duos sob o imp�rio da Lei.
Nesse sentido, ele considerava ainda que a mera condi��o diferente entre indiv�duos e grupos, caso n�o fosse resultado de interven��es governamentais n�o implicaria na falta de justi�a social.
Outra contribui��o da obra � sua an�lise de que a democracia, per se, n�o necessariamente seria prote��o suficiente para garantir a liberdade. Friedrich Hayek prop�s, para tanto, uma ordem constitucional que limitasse o poder do governo de interferir na ordem espont�nea da sociedade.
Ao contr�rio da ideia de que � a opini�o da maioria o que determina aquilo que o governo faz, Hayek mostra que um governo buscar satisfazer grupos de interesses a fim manter sua governabilidade.
No in�cio dos 1970, as ideias de Hayek come�avam a ter maior influ�ncia perante a verifica��o de uma estagfla��o � aumento de infla��o simultaneamente com altos �ndices de desemprego -, contrariando em larga medida os keynesianos.
No Reino Unido, a Primeira-Ministra Margaret Thatcher mudou os rumos da economia brit�nica essencialmente a partir das teorias de Hayek. J� Ronald Reagan, ent�o presidente dos Estados Unidos, conduziu a economia baseado parcialmente nas ideias do austr�aco.
Sua �ltima obra, �Os Erros Fatais do Socialismo�, foi publicada em 1988. Trata-se de uma cr�tica � presun��o de que institui��es sociais e suas pr�ticas herdadas simplesmente podem ser alteradas ou abolidas para servir a objetivos moment�neos de reformas radicais.
Ainda em vida, ele recebeu reconhecimentos do governo austr�aco, da Rainha da Inglaterra e do presidente americano George H Bush.
O renascimento das ideias de Friedrich Hayek e da Escola Austr�aca
Hayek testemunhou a Queda do Muro de Berlim e o fim da Uni�o Sovi�tica, v�timas do planejamento governamental impratic�vel e de crescente press�o por liberdade. Fatos que contribu�ram � vis�o de toda a sua obra, que afirmava ser o socialismo uma vis�o de sociedade condenada ao fracasso.
A partir da�, consolidou-se novo consenso acad�mico enfatizando o papel restrito do Estado. Mas, os m�todos da Escola Austr�aca defendidos por Hayek continuaram, em grande parte, marginalizados at� a Crise do subprime.
Em 2007-08, o subsequente resgate dos bancos provocaram interesse renovado por suas doutrinas. Inclusive, o socorro aos bancos promovido pelo governo americano foi considerado, por boa parte da opini�o p�blica e acad�mica, uma interfer�ncia injustificada no mercado.
Em meio a uma economia dominante e em frequente estado de agita��o, a Escola Austr�aca teve oportunidade de exercer nova influ�ncia acad�mica e no debate p�blico.
O principal legado de Friedrich Hayek, entretanto, talvez seja sua postura exemplar como defensor da liberdade. No in�cio de sua carreira, ele foi considerado um proeminente economista, mas, diante de suas vis�es impopulares, foi rejeitado e ridicularizado por seus pr�prios pares.
Mesmo assim, n�o cedeu �s press�es e manteve ao longo de toda sua vida a coer�ncia de apoio � propriedade privada e aos mercados livres. Bem como, um profundo ceticismo diante da capacidade dos governos de moldar a sociedade.
Esse � o melhor exemplo deixado pelo maior fil�sofo pol�tico do s�culo XX e que o torna um homem cuja obra deve ser lida e admirada em todas as �pocas.